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Ética Não é Só Um Dificuldade Dos Políticos, Contudo Do Cotidiano De Todos
Ainda que trate de um vasto mundo de focos que dizem respeito ao “modo de viver”, incluindo a indústria cultural da alegria e nossa relação com a tecnologia e as redes sociais, Filosofia prática é especialmente um livro sobre isso ética. Na verdade, “filosofia prática” é o que seria uma boa “tradução para o termo “ética” - a amargura em conexão à nossa vida e à existência em comunidade.
Em teu livro, Marcia Tiburi pensa a ética como ação. Pensamento é um ato, diz a filósofa, pesquisando sincronizar raciocínio e ação. Sincronia esta que, segundo tuas palavras, “é o desenho feito de pedras no fundo arenoso do rio da existência cotidiana, onde, apressados, molhamos os nossos pés, onde, menos atentos, nos afundamos até o pescoço sem perceber o que acontece”.
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Diz mais: “Chamo de Filosofia Prática a fotografia deste rio, ora barrento, ora cristalino”. Por existência cotidiana ela sabe a existência “simplesmente vivida, a realidade partilhada como “naturalidade”. A ética corresponde à pergunta e, ao mesmo tempo, poderia ser a resposta aos dificuldades humanos do que podemos resumir como convivência. Seja a convivência consigo mesmo, com o outro, com a cultura mais ampla, com a nação do espetáculo, todos as dificuldades enfim do dia a dia - o espaço de “viver próximo, de viver “com”.
A filósofa Saiba Como Conquistar Uma Amiga Para Namorar , autora do livro “Filosofia prática - ética, existência cotidiana, existência virtual” : “A pronúncia da frase ‘ética’ convoca a ser ético aquele que fala”. Daí já que ela faz 3 questões interessantes: 1. Como me torno aquilo que sou? 2. Tréplica: Réplica De Colunista Faz Defesa Da Hegemonia Da Libertinagem fazendo uns com os outros?
3. Como viver junto? Por esse último caso se apropria de um perfeito título de Roland Barthes, a quem recorre assim como para a epígrafe “Por que não pronunciar-se a língua de o mundo inteiro? ” (mais do que uma epígrafe, é bem como uma amargura exposta por todo o livro, a busca por uma escrita sem rebuscamentos excessivos, contorcionismos teóricos e academicismo no mau sentido). Daí a hipótese coletiva, receptiva pra muitos ingênuos, de que existam normas eleitorais, a serem urgentemente postas em prática, capazes de proporcionar uma limpeza irrestrita nas regras e nos costumes políticos.
Desse modo - desse jeito supõem “cidadãos de bem”, colunistas públicos, éticos e moralizadores em geral - os prevaricadores serão removidos da existência pública, os recursos estarão melhor administrados, e a política ficará livre de protagonistas pecaminosos. Difícil acreditar pela existência de regras tão eficientes, a ponto de filtrar a este nível os cidadãos em geral - incluindo, claro, aqueles que embarcam pela existência pública. Como afirmou o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, num post publicado no iG há mais de um ano, mesmo quando existissem regras tão eficientes, “elas não se aplicariam ao outro lado das transações espúrias, ou seja, aos corruptores”. No quesito “cidadãos virtuosos”, frisou o professor, o Brasil “hospeda sensacional taxa de corruptores”.
